Aforar ( de aforismos)
De aforismos enfeitei metade de minha vida. De dizer frases soltas, misturar palavras “mesmas” ( de mesmice) e reinventar o pensamento comum. Aforar sobre tudo e dar um sorriso semi-cerrado, de Monalisa, quando sabe-se de um aforismo que saiu doido meio genial. Aforar me faz retomar paixões infantis, gastar moedas em livros baratos e, por fim, um pote de tinta lilás.
Aforar foi conjugando minha vida, como fazem assim os verbos em sincronia “Gramatiqueira”. Aforar foi aflorando e permanecendo, enobrecendo meus papéis.
Tal engenhosidade (Não de João Cabral de Mello Neto), um rapaz ao aforar disse: amo tuas frases soltas...
Mesmo tortos e estranhos, conjugo agora um novo hábito: eu aforo, tu aforas, ele afora.
1 Comments:
sonique,
posta alguma cois aí, tô com saudade de te ler.
beijo
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